Como
diz o provérbio popular: “vamos devagarinho e pela sombra, porque o santo é de
barro”! Pois, o termo acima é de alta complexidade e o teor do texto que se
inicia é mais para reflexão em vez de conceituação. Abro um parâmetro para minha
primeira experiência com o tema, visto que se deu de forma ingênua, hilária e um
tanto educativa. Era um garoto de 5 anos, aproximadamente, morava na zona rural
e tinha pouco contato com a cidade, mas, com a esperteza da idade percebi que
os garotos urbanos nos momentos de raiva tratavam um ou outro de “fresco”. Então,
certo dia me encontrava na casa vizinha a do meu avô, sítio salgadinho, onde
morávamos, cerca de 500
metros, num desses momentos impulsivos, tratei por
“fresco” um adulto de trinta e poucos anos.Retornando, dei de cara com ele (meu
avô) entregando um arreador (corda de pelo duro para atar o bezerro a vaca na
hora da ordenha “colheita do leite” – bem diferente do dicionário Aurélio) para
minha mãe, uma mulher meiga e serena, mesmo assim, pegou-me pelo braço e pela
intensidade que a corda (arreador) subia e descia em direção ao meu lombo,
percebi que não tinha tratado bem aquele jovem. Pelo ocorrido, tive sorte na
primeira vez que fiz uso do termo. Já pensou se em vez do jovem fosse um senhor
chefe de família? Sem dúvida nenhuma a ferramenta disciplinar usada teria sido a tão
famosa vara de marmeleiro ou o tradicional cipó de algodão (instrumentos disciplinares
de educação da psicologia rural da época – início dos anos 70). A lição foi
trágica, mas serviu. Todo ser humano, mesmo com qualquer diferença, e, de
qualquer padrão sociocultural, tem o mesmo direito, “o respeito de todos”. Assim,
com a mudança do termo “fresco” para gay, homossexual ou coisa mais moderna,
qualquer um, que,por destrato, intolerância ou preconceito ferir os princípios
do outro, poderá responder nos tribunais judiciários. O tema, como já me referi,vai
além da mais alta complexidade. Não foi elaborado qualquer conceito científico
concreto, e, ainda que abominado pelo crivo dogmático de algumas vertentes
religiosas, a prática da homossexualidade tramita de forma duvidosa,confusa e
incompreensível, sobre os padrões mais diversos da sociedade moderna. É
impossível saber quando, onde, com quem e porque se deu o primeiro caso. Da
mesma forma é impossível também, sabermos quando, onde, com quem e porque se
dará o último caso. A única verdade incontestável é que tal fenômeno é um
efeito, porém, a causa ainda permanece indefinida.Como sociedade comum, não
estando em nossas mãos, a condução e execução das Leis Civis vigentes, não
podemos e nem devemos imputar ao outro, o julgo, o peso e a medida, conforme
nossas vontades. Mas, se por ventura, existir na terra uma consciência, pura,
limpa e livre de erro, equívoco ou maldade, a essa, sim,
está outorgado há cerca de dois mil anos, atirar a primeira pedra.Ante a
influenciação midiática, ante os padrões socioculturais modernos que se
estabelecem, ante a velocidade e flexibilidade da informação, seja como for,
não se perturbe até mesmo quem for contrário às próprias ideias, pois o direito
de errar, de acertar, de corrigir, de experimentar, etc... qualquer que seja o
direito pertinente a nossa individualidade, deverá permanecer intocável e
inviolável. Afinal de contas, em última e única análise, qualquer decisão a
tomarmos, é, e, sempre será de nossa inteira responsabilidade.
Francisco Hildebrando da Fonseca –
TETÉ- 15/08/2017
4 comentários:
Muita palavra bonita que eu não sei nem o que diabo é,resumindo a vida de cada um é particular não estando incomodando bola pra frente e pronto.
Não precisava de tanto arrodeio...kkkkkkkkkk
textao,deu preguiça de ler
parabéns Teté.DESCULPE-ME,MAS VOCÊ ESTÁ JOGANDO PÉROLAS AOS PORCOS.
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